Manifestação contra a Proibição de Counter-Strike

Manifestação no Masp reuniu jogadores para discutir a decisão judicial.
“Proibição é baseada no preconceito”, diz professor e sociólogo.

Na manhã do último sábado (2), mais ou menos 30 manifestantes, entre jogadores, professores e profissionais ligados aos jogos "Counter-Strike" e "Everquest" se reuniram contra a proibição da venda dos jogos no mercado do Brasil.

O manifesto, organizado pela internet, apesar de não ter chamado a atenção de uma Avenida Paulista, pode ter sido o primeiro passo para a comunidade gamer organizar-se e tentar recursos contra a decisão judicial que proibiu a venda dos jogos aqui no Brasil.

Para o professor de Comunicação da Cásper Líbero e sociólogo, Sérgio Amadeu, essa decisão é muito perigosa porque é baseada no preconceito. "Não existe nenhuma relação entre jogos e violência. Essa decisão deve motivar o protesto não só dos jogadores de videogame, mas de todos que defendem a liberdade de expressão no país”, completa ele. Ele cita ainda São Paulo como exemplo de que os locais com maior concentração de jogos são aqueles com menores índices de violência.

Já o estudante de História, Rodrigo Souza Neves, 21 anos, diz a proibição ilegal, mas concorda com o controle da venda para menores de 18 anos. Para ele a proibição fere um direito individual de escolha. “Você pode assistir a filmes violentos, pode participar de esportes radicais”, compara. E, lembrando casos de conflitos semelhantes na história, conclui: “Sempre existiram grupos avessos à inovação. É um conflito cultural", explica ele.

Bom humor

Renan Duarte, de 27 anos, é técnico em informática e atendente de uma Lan house e durante a manifestação exibiu com bom humor uma placa com a mensagem "Até minha mãe joga Counter-Strike". Duarte afirma que não pretende ir contra a Justiça e que só irá jogar quando o jogo for liberado. Enquanto isso, joga "Battlefield", jogo de guerra que, como ele destaca, também incentiva o trabalho em equipe para o sucesso das missões.

Nesta primeira manifestação, a participação dos jogadores foi pouco expressiva, no entanto, eles consideram que a mobilização deve aumentar e planejam manter contato por meio de sites e blogs para lutar contra a proibição desses jogos. As informações são do G1 da Globo.

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